Alargando Horizontes

OS DIAS DE HOJE - Subindo a Escada

18-04-2015 00:00

 

Estamos a ser chamados a viver a nossa Verdade, colectiva e individualmente. Para a vivermos, primeiro temos de a encontrar. Isto faz-se por um processo, realmente; é como uma escada, que se sobe degrau a degrau, ou muitas vezes com saltos (chamados “saltos quânticos”). A Verdade, em si, é a nossa Essência. Mas ela está coberta,  escondida, por muitas camadas, de experiências, memórias de sofrimentos, que geraram medos e padrões de pensamentos e atitudes ‘negativas’,  desta e de outras “viagens”. Nada disto pertence à Essência, são como que personalidades que fomos criando e vivendo. A Essência, no seu âmago, é feita de Luz e Amor.

O que nos está a ser pedido é que limpemos estas camadas, nos libertemos delas, e isso faz-se pela sua transmutação, e não pela sua rejeição. Para as transmutarmos, 1º) temos de as reconhecer; 2º) precisamos de não fugir delas e aceitar a sua presença; 3º) temos que, com amor, concordar que elas sejam libertas da sua carga de polaridade densa e integrá-las em nós, mas já transmutadas pelas energias da Luz e do Amor. Assim, elas tornam-se uma nova parte de nós, feita de Sabedoria, Compaixão e Gratidão.

Este processo está a decorrer, independentemente da nossa vontade actual e individual - a escolha já foi feita por nós, Humanos, há mais de duas décadas. Todos estamos a passar por ele, a vivê-lo. Incluindo o próprio planeta. É o que se designa como processo de Ascensão

Há aqueles entre nós, Humanos, que o fazem instintivamente. Não precisam de muita “consciência consciente” para o fazer; simplesmente sabem que é assim - as chamadas “Crianças Cristal” e as últimas gerações das “Indigo” (nomes por que são mais amplamente conhecidos; no fundo, são os Seres da Nova Terra, que têm vindo a nascer já com uma vibração mais elevada, já mais adaptada à própria vibração da Terra de hoje).

Outros há que têm que passar por todo o processo de uma forma muito mais consciente, e consequentemente com maior grau de sofrimento, pois o conflito interior é mais sentido. Torna-se necessária a capacidade de resistência e determinação (não teimosia - esta é uma característica mental), que vem da convicção do coração. Esta convicção é, na verdade, o Instinto Superior, que nos mostra o melhor caminho evolutivo a cada passo que damos. Com a sua práctica, este caminho começa a ser reconhecido mais facilmente por nós, e começamos a precisar cada vez menos de “bater com a cabeça na parede”; tudo se torna mais fluido e leve. E ainda que haja sofrimento, a consciência do “para quê” torna tudo muito mais suportável e eleva-nos a uma vibração mais alta. (Como podem ter percebido pela identificação “nos”, é este o grupo em que me reconheço.)

Por último, existem aqueles que passam por todo o processo de forma inconsciente. São os que mais sofrem, porque têm a sensação de que “sofrem por sofrer”, porque “é assim que é suposto ser”. Pode, à primeira vista, parecer semelhante ao 1º grupo, mas a diferença fundamental entre os dois é a frequência da vibração. No 1º, a Consciência está lá em Luz, pelo que não precisa de se tornar tão consciente para aquele ser humano. Neste 3º grupo, ela existe, mas está como que submersa num mar de densidade. São, por isto, os que necessitam mais de compaixão (que é uma energia amorosa) e não de crítica e culpabilização (energia que de amorosa nada tem). São, o 1º e o 3º, pólos opostos de um mesmo segmento.

Trata-se, aqui, de chamar a atenção para uma característica fundamental com que o ser humano foi impregnado: o livre-arbítrio - a capacidade de fazer escolhas. E fazêmo-las o tempo todo; umas que nos parecem tão pequenas que quase nem nos apercebemos que é isso que estamos a fazer (escolher), outras assumem tamanha proporção que as percebemos como escolhas que vão determinar a nossa vida daí para a frente - embora, no fundo, todas elas sejam importantes no caminho que vamos construindo, literalmente a cada respiração que fazemos.

A semente da vontade, do querer perceber, escutar o que vem do nosso interior, muitas vezes em forma de pergunta, está em todos e cada um de nós, Humanos. Em alguns mais à “flôr da pele” do que em outros. Esta escolha, particularmente, foi feita por nós enquanto Alma, ainda antes de nascermos. Cabe-nos, individualmente, enquanto Ser encarnado, escolher ir à procura de respostas (e cada um o fará à sua maneira - ficando no silêncio, observando a natureza, lendo livros, procurando outros seres humanos,…) ou não o fazer. Uns abrem os braços para aceitar e abraçar essa semente -Amor/Luz-; outros pisam-na e enterram-na mais e mais -Medo/Densidade-.

A escolha é, por vezes, muito difícil de fazer, até porque há muitos vectores a influenciar a capacidade de escolher (este tópico fica para um outro texto, mas saliento novamente a necessidade da compaixão). Tornemos, então, presente no nosso espírito que somos co-criadores da nossa realidade. Não detemos, individualmente, a totalidade da escolha nem da responsabilidade das consequências (sejam mais ou menos agradáveis). Mas detemos uma parte muito significativa dessa capacidade, e o seu potencial é tremendo! Podemos, assim, escolher (se já formos disso capazes) assumir-nos nesse papel de co-criadores, com a responsabilidade que nos cabe (e não excessiva - o “peso do mundo nos ombros”) e congratular-nos com os frutos do nosso trabalho, dedicação e empenho, com a consciência, porém, de que eles foram gerados não apenas por nós, indivíduo. E cada um fará o melhor que souber fazer, a cada momento.

Deste Ser em Integração de Amor, Luz, Sabedoria, Compaixão e Gratidão, 

Maria João Faria